sábado, 21 de novembro de 2015

A vida humana

A realidade é permeada por uma causa final, teleológica (Aristóteles). A finalidade é a felicidade, não como satisfação de desejos, mas como realização da virtude do bem. O bem é a finalidade que buscamos por si mesma (Aristóteles). A realização do Supremo Bem será, portanto, a perfeição, na medida em que é a máxima felicidade (Platão e Aristóteles). O ser humano, por não ser causa sui, é ser determinado. A determinação é um modo (Pitágoras). O modo é uma razão interna de possibilidades e limitações (Mário Ferreira), O modo é a especialização da virtude. A perfeição, assim, para o ser humano, consiste na perfectibilização de seu modo de ser. A realização será o processo de o homem ser sempre mais do que é pela expressão sempre mais perfeita de seu modo de ser. Essa expressão se desdobra como um ato de amor, pois Deus, para nós, como ser absoluto que determina e sustenta, é amor (Escrituras). Assim é que o homem, quando mergulha em seu interior à procura do centro de seu ser, que não é causa sui, que é uma transcendência na imanência, que se dá de um modo determinado, encontra o amor de Deus, pelo qual conhece sua verdadeira natureza conforme seu modo de ser. Amar é abrir-se para o conhecimento de Deus e de si mesmo (Sto. Agostinho). Daí que o caminho da realização da felicidade, que é o Supremo Bem, e que consiste na perfeição de nosso ser, é o caminho de um amor perfeito, imaculado, indefectível, consonante o exemplo insuperável de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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