sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O cinema como fenomenologia do amor

A obra-prima do russo Andrej Tarkosvky, The Mirror. Um filme que realiza a proeza artística de ser transcendental sendo intensamente autobiográfico.

A busca da reconciliação com o próprio passado. 
Um ato de amor, centrado na figura da mãe.

A sinceridade de propósito e o superior domínio da linguagem cinematográfica produzem uma narrativa que escapa ao sentimentalismo e à emoção simplória. Transportados ao reino da estética pura, testemunhamos o diretor em pleno exercício fenomenológico de si, que o gênio de Tarkovsky soube representar em imagens espetaculares, levando o cinema à fronteira do seu possível. É o poder curativo, catártico, da verdadeira obra de arte.




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