sábado, 11 de junho de 2016

Mises

Mises foi genial em três pontos:

1)  Desvestiu o comportamento, a ação propositada, de seus componentes biológicos e psicológicos, para atingir seu núcleo em categorias universais presentes em todos os homens. Todo ser humano age a partir de fatores como tempo, espaço, quantidade/qualidade, causalidade. Pode-se discutir a realidade ontológica desses fatores (se estão na razão humana, na realidade externa, enfim), mas é indiscutível que eles compõem a possibilidade mesma de nossas ações. Da mesma forma, o choque da existência, a aplicação das categorias da razão a um contexto de necessidade individual frente a uma circunstância ambiental dada, acresce fatores pragmáticos à equação do comportamento humano, como o entendimento da escassez, da imprevisibilidade, da necessidade de se trabalhar com o outro, da preferência temporal, da utilidade marginal, da valoração etc);

2) Refundou a ciência econômica centrada na praxeologia, ou no comportamento básico do ser humano (ação propositada no sentido de mudar um estado de ser pior pra outro melhor) estruturado pelas categorias universais da razão/ação;

3) Num passo não menos complexo, derivou axiomas econômicos simples e arrebatadores de tal fundamento (ver acima).

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o valor, como conteúdo, é importante apenas para o mercado.

para a ciência econômica, como decorrência de ações humanas propositadas a partir de estruturas apriorísticas da razão com fins à satisfação de necessidades materiais de bens escassos (a praxeologia aplicada à economia), o que importa é a valoração, como processo.

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